Tu que gastas as horas ansiando por ver quem caminha, quem conversa quem movimenta os teus silêncios… conta-me com que olhos me vês, que simbolismo me atribuis e que historia me crias… tu a quem não é preciso perguntar nada, porque os ruídos, os sons e as conversas tudo te dizem e aumentam… diz-me qual é a tua explicação, se chego tarde ou cedo, se alguém me espera ou vou só… conta-me quem passou por aqui hoje, quem te cumprimentou, quem te sorriu… e nunca saberás quantos em ti pensaram, e quantos lamentaram que te sentisses só, tão só que nem contigo consegues estar, uma solidão tão grande e tão amarga que ficas à espera, nesse teu miradouro à espera… de um sorriso, de uma conversa, de uma visita… mas elas tardam pois as pessoas partem e cada vez fica mais pobre, mais silenciosa, mais sossegada aquela velha aldeia e ficas assim… apenas e só… uma parte da natureza…
A foto está magnífica e o texto que a acompanha divinal. Melhor do que cada um em separado só mesmo a junção que fizeste. O simbólico do que se escreve na percepção do que se vê. Pelos teus olhos, pelas palavras. Lindo! :)
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